quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Um diario muito louco pelas terras Inkas - parte 2


18/07/10

“9:20 da manhã,  o ônibus chegou em Corumba, fui descer para pegar minha bagagem, coversando com o motorista perguntei se ele iria atravessar a fronteira até Puerto Suarez, ele disse que sim, então perguntei se podia continuar no ônibus, eles respondeu que sim novamente, a idéia é essa subir em ritmo frenético até Santa Cruz de La Sierra, confio que vou conseguir uma passagem hoje mesmo no Trem da Morte, essa madrugada o frio foi bem intenso no ônibus é bom eu me preocupar. No caminho conversando com Luis nativo de La Paz peguei algumas dicas, ele me falou dos preços de uma cidade a outra e me falou do frio na Bolívia que é mais seco, me orientando comprar mais roupas em Cochabamba ou em La Paz que são mais baratas, vou tentar subir no Trem da Morte, nada melhor que um nativo, tem um casal no ônibus que também esta indo na mesma direção que eu.... 11:00 da manhã dentro da ferroviária com o casal de Brasileiros, Luis e Karina, negociamos a passagem do trem em 30 dólares, isso equivale a 200 bolivianos, conheci um outro brasileiro que vai até Machu Pichu depois volta para o Peru para escalar. Ahh a fronteira é tranqüila RG e carteirinha de vacinação, o trem parte as 16:30 por ser domingo ele é mais rápido, chama-se Ferro Bus....

Incrível estava na frente da ferroviária, fumando um cigarrinho de palha, me parou um casas de amigos para conversar, ofereci um cigarro de palha, o Lucas me respondeu de palha não, continuamos conversando, e ele e Tami me falaram que estão que em Quijarro para um projeto, são veterinários, é um projeto nos subúrbios de Quijarro, bom me chamaram para ir até o hostel deles, aceitei claro, fomos la, até a varanda e ficamos conversando em rodinha, papo vai papo vem e risadas, boas risadas.... bateram na porta do quarto, eles falaram, é a Ruth, ele falou, vou falar que você é meu amigo, eu falei pode falar o que você quiser, Ruth entrou, uma boliviana extremamente simpática, conversamos e ela me falou sobre a Bolívia, uma pessoa agradável, acabei almoçando no hostel, com o pessoal do projeto, tinha outros dois bolivianos, Juan e outro, eu não lembro o nome, me falaram para se prevenir do frio e conheci a orientadora do projeto, Marilene, aparentava 70 anos, simpática e parecia ser calma, acabamos de almoçar e o casal de amigos veio me trazer até a ferroviária, gente muito boa, deixei meu mochilão na ferroviária com a galera tomando conta, falam pra não confiar nas pessoas, mais na real, eu confio e que se foda, estou aguardando o trem no salão com alguns brasileiros e um português de Lisboa, Luis.

16:05 dentro do trem, ainda parado, mais calma eu vou contar depois tudo o que aconteceu na ferroviária, mais antes vou muito, valeu por tudo....
É o seguinte conheci mais cinco pessoas um grupo de amigos, Guilherme, corvo, Felipe, Gilson e Ana uma garota que mora em Santa Cruz com o marido e tem outros quatro itegrantes de Campo Grande, Karinini, Felipe, Osvani e Karine, compramos umas cervejas e demos risadas, Guilherme esta filmando, no total somos um grupo de 13 conhecidos, 12 brasileiros e um portuga, entramos no tem, com seis garrafas de cerveja e algumas de vinho.... Essa garota Ana é espevitada, bem divertida, os 4 amigos que são de Santa Catarina,  nos ensinaram um jogo de cartas, Presidente, interessante  e que distrai, entramos abrimos a cervejas, fizemos o racho da grana, porem fiscais passaram e nos levaram três garrafas de breja, é proibido beber dentro do trem, então Ana pensou num esquema para as garrafas de vinho, ele conhece Mariana que trabalha no restaurante do trem, e falou de ele podia guardar as garrafas para nós e nos servir como se fosse Coca Cola, Mariana aceitou, então sentamos, eu Ana e os 4 amigos de Santa Catarina, e bebemos e jogamos, acabamos de beber apenas paramos duas vezes, primeira porque o trem parou e de repente acabou a luz, a segunda porque uma da meninas, Karinini, veio nos acisar que estavam sentando em nossos lugares e realmente sentaram, conversamos um pouco e decidimos mudar de lugares, pegamos toda a bagagens e sentamos em outras poltronas, acredito que na próxima estação mudaremos de novo, por que não temos bilhetes, compramos no paralelo, por mim tudo ótimo, durmo no restaurante se precisar.

19/07/10

11:00 da manhã, estamos alojados, a noite anterior consegui ficar sentado no meu assento até as 2:30 da madruga quando senti um cutucão no braço e me levantei, nem falei nada, peguei minha mala e o sleep e fui para o restaurante, procurei um posição, até que eu achei, a posição deitado-sentado, meia hora depois o Luis, o portuga, sentou na mesa do lado, também perdeu seu assento novamente, bom nessa hora estava no meu saco de dormir com um certo frio com dores no joelho e nas costas, resolvi ignorá-las, por volta da 5 da madruga o guarda ferroviário, que já havia me levado 3 cervejas, no começo da viagem, me cutucou e me falou que havia dois lugares, um para mim e o outro para o portuga, no ultimo vagão, fomos para La e dormimos até chegar em Santa Cruz, no descida encontramos todos de novo, juntamos eu o pessoal de Campo Grande e os brothers de Santa Catarina, fomos procurar hospedagem, antes, fomos ver passagens, mas as estradas estavam fechadas em de Santa Cruz por causa do mau tempo, então fomos todos para o Hostel Bolivar, 8 dolares a diária (60 bolivianos) e fechamos um quarto eu e os caras de Santa Catarina, a galera de Campo Grande foi ver passagem de avião para La Paz, no meu prazo está tudo ok, e confio que vai dar tudo certo, para ser sincero estou adiantado dentro das minhas expectativas.

15:00 horas saímos para almoçar no mercado central, um bom almoço, típico, depois fomos dar uma volta pelas feiras de Santa Cruz, La consegui comprar um gorro Inca e um saco de Coca com bico, demos mais algumas voltas, Santa Cruza é uma cidade pobre e um pouco velha, mais é bonita do jeito dela, voltamos para o albergue, onde as acomodações são bem boas, o banho é quente, e os dois casais de Campo Grande já tinham passado no albergue para retirar as malas que tinha deixado la, deixaram um bilhete dizendo que partiram para Sucre, mesmo destino que a o pessoal que ta comigo, amanhã eu parto para Cochabamba. Outra coisa importante, o Trem da Morte, é bem vivo e agitado... Ah tem um tucano no albergue e ele subiu no meu braço, maravilhoso.

23:50 saimos a tarde para andar mais em Santa Cruz, conhecemos uma praça bem rootz, depois compramos algumas brejas e dois vinhos que bebemos durante a tarde, fora que aproveitamos pra ver a vida mais relax.... a noite saímos de novo, e encontramos o pessoal de Campo Grande que iam para Sucre segundo o bilhete, acabaram não indo e encontramos também Luis e Karina... depois fomos para o hostel beber e jogar mais Soulsh (presidente, estamos indo dormir, amanhã partimos vai dar tudo certo.



20/07/10

“15:45... hoje acordamos 8:30, e fomos até a rodoviária comprar as passagens, os brothers de Santa Catarina compraram para as 16:00 para Sucre, depois vão para o Salar e o deserto do Atacama e Machu Pichu na seqüencia, quem sabe não nos encontramos em Cusco mais para frente, eu comprei minha passagem para as 17:00 horas Cochabamba, 50 bolivianos (7 dolares), chego as 4 da madruga la, depois que compramos as passagens voltamos para o hostel e arrumamos as coisas, fomos almoçar e demos uma volta em uma praça com muitas árvores e um comercio em volta muito da ora, pegamos um taxi com um senhor extremamente gente boa que além de taxista é radialista, e agora na rodoviária, estou solo de nuevo, vou aguardar o ônibus... até agora tudo certo e assim vamos até o final.
Santa Cruz é uma cidade pobre e agitada com pessoas simpáticas, as comidas são boas, o albergue também, a noite não tenho uma avaliação muito grande, por ser uma segunda feira, mas parece ser boa “



21/07/10
“11:30 da manhã estou instalado em um hostel chamado Central em Cochabamba 60 bolivianos (8 dolares), ontem começou a viagem as 17:00 horas o não era dos melhores não tinha banheiro por sinal, e nem parava no cominho, achei que conseguiria ler ou escrever, porém também não tinha luz, pensei bom vou pensar um pouco sobre a vida...”
Reflexão no diário sobre família no diário neste momento, parte mais interessante deste pensamento na minha idéia é “julgamos e criticamos de forma mais intensa nosso familiares, do que outras pessoas, acho que isso acontece porque sabemos que não podemos falara foda-se e virar as costas e por ter uma relação muito próximo não gostamos de ver eles errarem, mas por muitas vezes não sabemos qual é o certo para julgar o errado...”
“Bom este albergue que estou parece ser bom o único problema é que estou sozinho, então borá bater bota e ver o que tem por ai.”
20:00 horas, estou na praça central (14 de Setembro), hoje fui ao mercado de lãs Conchas, comprei uma luva mais grossa e uma calça muito confortável, esse mercado é uma loucura e os preços bem convidativos, depois encontrei o casal e amigos de Campo Grande na praça, conversei um rapidamente com eles, que me indicaram visitar o Cristo de La Concórdia, fui até La a pé, 1 horas andando, foda-se, na subida do teleférico, fui com dois franceses e uma bolivana eu prossegui esse passei com eles, a garota boliviana deu uma de guia para nos explicar a cidade, que era totalmente visível de onde estávamos, demos sorte e deixaram subir no cristo, pela parte de dentro, vista mais privilegiada ainda, voltamos a pé por uma escadaria e conversando com Floriano que é do sul da França, ele me contou de sua viagem, esta a 4 meses viajando, já passou 2 meses pelo Brasil, esta subindo devagar pelo Uruguai e Argentina, esta a 5 dias em Cochabamba, demos algumas risadas depois me despedi e fui para a rodoviária comprar minha passagem para La Paz, hoje as 22:15 eu parto no mesmo ônibus que o pessoal de Campo Grande, depois fui até um museu arqueológico.... Agora sentado na praça acabo de ler o livro “A Natureza Selvagem” que ganhei  do meu amigo negão, já agradeço pelo livro, e parabenizo o autor, muito bom mesmo, minhas duas conclusões inicias e principais até aqui são, 1° informar os meus pais como estou e para onde eu vou; 2° “felicidade só é verdade quando compartilhada”, esta frase para mim é muito boa, e é muito bom poder compartilhar a minha felicidade nesta viagem. Cochabamba é uma cidade bonita com pessoas simpáticas, e pobre, menos que Santa Cruz, na verade pobreza é uma comparação de onde vivemos, então tiro o pobre e apenas deixo como bonita  e alegre.... Ah estou com saudades de uma noite de birita, amaná em La Paz não perdôo.”
Estou escrevendo exatamente o que esta no meu diário e que se foda, vamo toca o pau nessa porra, se quiser mesmo saber como foi e quanto gastei me liga, quem sabe não vou até La com você de novo, pra ter certeza de que é bom pra mesmo essa porra de viagem.

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